quarta-feira, 1 de maio de 2013

MINHA EXPERIÊNCIA COM A INCLUSÃO ESCOLAR





Ao longo de minha experiência enquanto educadora me deparei com a experiência da inclusão escolar  de uma forma negativa, infelizmente.
Vou citar apenas o que vivenciei com dois destes educandos com necessidades educacionais especiais.
Trabalhava em uma instituição de ensino particular e recebemos um discente com diagnóstico de hiperatividade no nível de 6º ano. Ele necessitava de atenção e metodologia adequada e, no entanto, tanto eu como os demais professores não sabíamos o que fazer mediante sua falta de atenção e de interesse pelas aulas e em especial com sua agressividade. Não tínhamos nenhum apoio especializado, e ao término do ano fiquei me sentindo muito frustrada por não ter contribuído como  gostaria e deveria para a devida inclusão deste aluno. O qual, dentro dos moldes da instituição não conseguiu ser aprovado para a série seguinte, porque parte dos professores de uma visão engessada, exigiam dele o mesmo que exigiam de um aluno que conseguia se moldar  as aulas tradicionais.
A próxima vivência ocorreu em uma escola pública, no 5º ano. Recebi uma aluna com deficiência física ocasionada por danos em seu cérebro desde o nascimento. Ela precisava de ajuda para alimentar-se, trocar fraldas e qualquer outra atividade, sendo totalmente dependente. Consegui que depois de averiguação de suas necessidades fosse autorizada a contratação de uma estagiária, que ao menos pudesse ajudar na troca de fraldas e alimentação. Apesar de suas limitações esta aluna adorava ir à escola e fazer as atividades com alguém colocando o lápis em sua mão e movimentando sobre o caderno. Às vezes ficava tão empolgada para realizar as atividades que como não conseguia controlar as reações de suas emoções sobre seu corpo, acabava por ficar com as mãos tão rígidas que impossibilitava a realização das atividades. Ela também ficava muito feliz e sorridente quando líamos histórias ou cantávamos músicas para ela. E em momentos que eu estava muito atarefada atendendo os demais alunos e não lhe dava a atenção que necessitava começava a chorar, parando assim que me voltava para ela e lhe dava a atenção devida. De todas as crianças com necessidades especiais que recebi e não pude atender como mereciam, esta foi a que mais me marcou e emocionou. E ainda neste momento que escrevo sobre ela, relembrando momentos que vivemos juntas, ainda me emociono.
E, por todas as experiências vividas com esses e outros educandos, em escolas nas quais não pude contar com um especialista ou mesmo com uma estrutura voltada para o atendimento desses alunos com necessidades educacionais especiais, o que me levava à frustração e inconformação; resolvi participar do curso de formação a distância que trata das tecnologias de informação e comunicação acessíveis, a fim de buscar algum suporte para meu trabalho enquanto professora.



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